A discussão em torno da suposta apatia dos jovens em relação à política foi o principal tópico do Papo Universitário da Gazeta do Povo, que aconteceu na noite desta quarta-feira (28) no Teatro Paiol, em Curitiba. O público lotou a plateia do evento, que tinha como tema “Diários Secretos e a apatia juvenil”. Entre eles, até integrantes do movimento “Caça Fantasmas”, que pede a moralização do Legislativo Paranaense. A ação faz parte das ações da RPC para a campanha Voto Consciente.
Apesar de não haver uma só conclusão a respeito da indiferença da juventude em relação à política, nem uma solução, a discussão foi de alto nível, com críticas e colocações bem defendidas. As opiniões foram enriquecidas pelos comentários especializados dos convidados Adriano Codato, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, André Gonçalves, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília, Ana Luisa Fayet Saad, antropóloga especializada em jovens, e o presidente da União Paranaese de Estudantes (UPE), Paulo de Rosa Júnior.
O presidente da UPE lembrou no começo da discussão que a apatia diante dos escândalos políticos não se restringe apenas aos jovens, está em toda a sociedade. A mesma avaliação foi feita por Adriano Codato. Segundo ele, a sociedade está afastada da política porque o assunto não empolga mais.
Sobre o escândalo dos Diários Secretos, que envolve a cúpula da Assembleia Legislativa do Paraná, a maioria dos presentes manifestou incredulidade quanto a uma punição efetiva dos investigados. Perto do começo do evento, um dos estudantes manifestou sua indignação e perguntou quem dos presentes acreditava que tudo “acabaria em pizza”. Muitos dos presentes levantaram as mãos.
Variedade
A variedade não foi só dos pontos de vista dos participantes do debate. Os assuntos abordados também foram diversos, gravitando em torno da participação política. Existiram comentários a respeito dos caras-pintadas, que em 1992 pediram o impeachment de então presidente Collor, até a relação entre economia, estabilidade da democracia e apatia. A internet como forma de fiscalização do comportamento e das contas dos políticos também foi citada, assim como a capacidade de mobilização, ou falta dela, na contemporaneidade.
“O evento foi muito importante para mim. É um ano de eleições. Tenho 16 anos e vou votar pela primeira vez. Me preocupo em eleger alguém que faça a coisa certa quando estiver no poder”, diz a estudante Letícia Munhoz Martins, que está no terceiro ano do Ensino Médio. “Acho que o jovem deveria se interessar mais pela política. E a escola, os professores, também deveriam estimular mais”, completa.
As mesmas preocupações afligem o universitário Alexandre Renato dos Santos, de 18 anos, que cursa Química na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. “Também vou votar pela primeira vez. Esse evento me ajudou a esclarecer muitas dúvidas do que fazer daqui para frente”, conta. A próxima edição do Papo Universitário acontece no dia 16 de junho.
Cobertura e participação on-line
Uma das novidades do evento foi a cobertura e participação do público em tempo real no evento, via web. Os internautas puderam não só acompanhar a discussões pelo blog Língua Solta, do Vestibular, e o Twitter da campanha Voto Consciente, como enviar perguntas para os convidados. O material também foi exibido por meio de telões no evento. A hashtag #papouniversitario teve mais de uma centena de citações.O presidente da UPE lembrou no começo da discussão que a apatia diante dos escândalos políticos não se restringe apenas aos jovens, está em toda a sociedade. A mesma avaliação foi feita por Adriano Codato. Segundo ele, a sociedade está afastada da política porque o assunto não empolga mais.
Sobre o escândalo dos Diários Secretos, que envolve a cúpula da Assembleia Legislativa do Paraná, a maioria dos presentes manifestou incredulidade quanto a uma punição efetiva dos investigados. Perto do começo do evento, um dos estudantes manifestou sua indignação e perguntou quem dos presentes acreditava que tudo “acabaria em pizza”. Muitos dos presentes levantaram as mãos.
Variedade
A variedade não foi só dos pontos de vista dos participantes do debate. Os assuntos abordados também foram diversos, gravitando em torno da participação política. Existiram comentários a respeito dos caras-pintadas, que em 1992 pediram o impeachment de então presidente Collor, até a relação entre economia, estabilidade da democracia e apatia. A internet como forma de fiscalização do comportamento e das contas dos políticos também foi citada, assim como a capacidade de mobilização, ou falta dela, na contemporaneidade.
“O evento foi muito importante para mim. É um ano de eleições. Tenho 16 anos e vou votar pela primeira vez. Me preocupo em eleger alguém que faça a coisa certa quando estiver no poder”, diz a estudante Letícia Munhoz Martins, que está no terceiro ano do Ensino Médio. “Acho que o jovem deveria se interessar mais pela política. E a escola, os professores, também deveriam estimular mais”, completa.
As mesmas preocupações afligem o universitário Alexandre Renato dos Santos, de 18 anos, que cursa Química na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. “Também vou votar pela primeira vez. Esse evento me ajudou a esclarecer muitas dúvidas do que fazer daqui para frente”, conta. A próxima edição do Papo Universitário acontece no dia 16 de junho.
http://portal.rpc.com.br/jm/online/conteudo.phtml?tl=1&id=997552&tit=Papo-Universitario-discute-participacao-dos-jovens-na-politica
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