quinta-feira, 29 de abril de 2010



Assista o video do Ato - Operação Caça Fantasma na cidade de Maringá

Operação Caça - Fantasmas chega em Maringá











Nesta Quarta - Feira, os estudantes, movimentos sociais e as entidades representativa dos estudantes, como por exemplo, DCE/UEM - UPE - UMES - UPES e UNE além de outras acordaram cedo para dar inicio a uma atividade muito importante para a construção de um País mais justo e soberano;
De fato, a UJS, não iria ficar de fora com sua consciência política e os estudantes acordaram as 5hs da manhã e começaram a se reunir e organizar a manifestação que já vinha sendo divulgada desde a confirmação da corrupção na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.
Vários ônibus saiam da porta das escolas levando os estudantes para o local e os mesmos carregando uma enorme vontade de mudar e uma grande esperança no peito de ter uma sociedade mais justa e mais humana participaram ativamente do ato.
Com um grande fluxo de pessoas deu - se inicio a uma manifestação cheia de palavras de ordem, consciencia e vontade até a sede da UMES.

Papo Universitário discute participação dos jovens na política

Público lotou o Teatro Paiol, em Curitiba. Debate em torno da suposta indiferença da juventude foi principal tópico da noite.

A discussão em torno da suposta apatia dos jovens em relação à política foi o principal tópico do Papo Universitário da Gazeta do Povo, que aconteceu na noite desta quarta-feira (28) no Teatro Paiol, em Curitiba. O público lotou a plateia do evento, que tinha como tema “Diários Secretos e a apatia juvenil”. Entre eles, até integrantes do movimento “Caça Fantasmas”, que pede a moralização do Legislativo Paranaense. A ação faz parte das ações da RPC para a campanha Voto Consciente.
Cobertura e participação on-line
Uma das novidades do evento foi a cobertura e participação do público em tempo real no evento, via web. Os internautas puderam não só acompanhar a discussões pelo blog Língua Solta, do Vestibular, e o Twitter da campanha Voto Consciente, como enviar perguntas para os convidados. O material também foi exibido por meio de telões no evento. A hashtag #papouniversitario teve mais de uma centena de citações.

Apesar de não haver uma só conclusão a respeito da indiferença da juventude em relação à política, nem uma solução, a discussão foi de alto nível, com críticas e colocações bem defendidas. As opiniões foram enriquecidas pelos comentários especializados dos convidados Adriano Codato, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, André Gonçalves, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília, Ana Luisa Fayet Saad, antropóloga especializada em jovens, e o presidente da União Paranaese de Estudantes (UPE), Paulo de Rosa Júnior.
O presidente da UPE lembrou no começo da discussão que a apatia diante dos escândalos políticos não se restringe apenas aos jovens, está em toda a sociedade. A mesma avaliação foi feita por Adriano Codato. Segundo ele, a sociedade está afastada da política porque o assunto não empolga mais.
Sobre o escândalo dos Diários Secretos, que envolve a cúpula da Assembleia Legislativa do Paraná, a maioria dos presentes manifestou incredulidade quanto a uma punição efetiva dos investigados. Perto do começo do evento, um dos estudantes manifestou sua indignação e perguntou quem dos presentes acreditava que tudo “acabaria em pizza”. Muitos dos presentes levantaram as mãos.
Variedade
A variedade não foi só dos pontos de vista dos participantes do debate. Os assuntos abordados também foram diversos, gravitando em torno da participação política. Existiram comentários a respeito dos caras-pintadas, que em 1992 pediram o impeachment de então presidente Collor, até a relação entre economia, estabilidade da democracia e apatia. A internet como forma de fiscalização do comportamento e das contas dos políticos também foi citada, assim como a capacidade de mobilização, ou falta dela, na contemporaneidade.
“O evento foi muito importante para mim. É um ano de eleições. Tenho 16 anos e vou votar pela primeira vez. Me preocupo em eleger alguém que faça a coisa certa quando estiver no poder”, diz a estudante Letícia Munhoz Martins, que está no terceiro ano do Ensino Médio. “Acho que o jovem deveria se interessar mais pela política. E a escola, os professores, também deveriam estimular mais”, completa.
As mesmas preocupações afligem o universitário Alexandre Renato dos Santos, de 18 anos, que cursa Química na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. “Também vou votar pela primeira vez. Esse evento me ajudou a esclarecer muitas dúvidas do que fazer daqui para frente”, conta. A próxima edição do Papo Universitário acontece no dia 16 de junho.


http://portal.rpc.com.br/jm/online/conteudo.phtml?tl=1&id=997552&tit=Papo-Universitario-discute-participacao-dos-jovens-na-politica

Juventude, eleições 2010 e o projeto de desenvolvimento: impulsos para as transformações do Brasil.















O presidente da União da Juventude Socialista (UJS - Nacional)
Marcelo Gavião


À medida que as eleições se aproximam, acaloram-se os debates sobre candidaturas e o papel dos agentes políticos em campo na batalha.

Muito se fala, não sem razão, na necessidade de fazer as devidas comparações entre o Brasil do presente, cheio de esperanças e possibilidades a serem concretizadas, e o da década passada - um país quebrado, refém de políticas antinacionais e antissociais, que havia negociado sua soberania e colocado seus destinos em mãos alheias. Tal comparação será, sem dúvida, um dos elementos-chave do debate nacional, mas não o único.

No último período, diversos debates têm jogado luz sobre uma demanda evidente: o papel inegável do enorme contingente populacional - e eleitoral - que figura na faixa entre 16 e 24 anos. Neste universo temos 25 milhões de jovens aptos a votar, segundo o TSE.

Já se considerarmos uma faixa mais larga, a dos que figuram entre 15 e 29 anos, teremos nada menos que 52 milhões de brasileiros e brasileiras, com necessidades próprias e um olhar mais voltado para o futuro e menos suscetível a comparações com o período anterior, pois não têm na memória o descalabro dos governos de FHC. Só pra efeito de comparação, uma parte significativa dos jovens que exercerão seu direito de votar pela primeira vez agora em 2010, tinha apenas 8 anos de idade quando Lula foi eleito em 2002 e, por conta disso, não tem lembranças do atraso que foi para o Brasil, em especial para a juventude, a experiência do governo do PSDB.

Por conta disso, o desafio dos setores avançados que atuam na área é transmitir uma mensagem a partir de bandeiras políticas concretas, capaz de conquistar essa parcela. Portanto, esmerar-se em encontrar a exata medida entre valorizar o que foi feito e sinalizar as conquistas que virão com a eleição de um governo que siga e aprofunde o projeto de mudanças iniciadas no Brasil.

A expressão “continuidade” deve sempre estar ligada à necessidade de avançar, de olhar para frente, entendendo tudo que foi feito até aqui como um “alicerce” que será fundamental para que possamos dar passos mais largos e encontrar respostas para os graves problemas sociais que atingem especialmente a parcela jovem da população.

Dois eixos de atuação - embora não eliminem os demais - ganham primazia, nos dias de hoje, quando debatemos as políticas públicas de juventude: a educação e o trabalho, compreendidos em simbiose.

Mesmo com todos os avanços conquistados nos anos de governo Lula, o desemprego - ou a luta contra o subemprego - ainda continua sendo uma das principais preocupações da juventude.

Vivemos no tempo em que o acesso ao trabalho tem cada vez mais relação com a necessidade da juventude por autonomia e emancipação e isso faz com que hoje uma parte significativa da juventude no Brasil não se reconheça como estudantil e sim como trabalhadora. Nessa lógica, os jovens gastam mais tempo preocupados com o acesso imediato ao mercado de trabalho do que com a necessidade de dar continuidade aos estudos. Tudo isso diante de um quadro de altas taxas de desemprego juvenil e da precariedade das vagas disponíveis a esta parcela.

Essa realidade tem deixado o debate sobre as políticas públicas de juventude diante de duas opções aparentemente antagônicas no que se refere ao trabalho: 1) preparar o jovem para fazer a transição, procurando facilitar sua contratação e oferecer-lhe melhores oportunidades de trabalho cada vez mais cedo; 2) prolongar sua escolarização, o que segundo algumas propostas existentes – como a criação de uma “previdência juvenil” – significaria redundar em desincentivar/retardar sua entrada no mercado trabalho.

Aqui no Brasil, em um primeiro momento, prevaleceram políticas cujo enfoque estava na preparação para o mercado de trabalho. Centradas em cursos de qualificação profissional e no incentivo à contratação de jovens desvinculado da escola, estas experiência marcaram principalmente as décadas passadas. Contudo, a eficácia da formação profissional, quando desvinculada da escola, sempre foi questionável, tendo esse modelo bons resultados sempre quando calçados em períodos de crescimento econômico. Momento em que o desemprego juvenil é minorado.

Num segundo momento, já durante o governo Lula, passamos a experimentar outras saídas como o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem. Nele o governo federal buscou combinar a preparação para o mundo do trabalho e a elevação da escolaridade, delimitado inicialmente para o público entre 18 e 24 anos que não havia completado o ensino fundamental. Embora a proposta seja boa, ela tende a reforçar a perspectiva de simplesmente adiar a entrada no mercado de trabalho, caso não seja acompanhada de um conjunto de outras medidas, como a elevação da qualidade do ensino fundamental através da sua completa reformulação.

Ao longo dos anos, o ensino médio brasileiro foi perdendo seu papel e se transformando em um período escolar que, por um lado, não prepara os jovens para ter acesso de modo qualificado ao mercado de trabalho e, por outro, não apresenta a perspectiva do acesso ao ensino superior. Fruto dessa realidade, torna-se necessário um debate profundo sobre qual o papel que deverá ter o ensino médio na conjuntura atual.

Nesse sentido é bom ressaltar as iniciativas na retomada da construção de um modelo de educação profissional ligada ao ensino médio. Ao contrário das medidas adotadas pelo PSDB nos anos 90 quando, através do Decreto 2208/97, desvinculou a educação técnica da educação propedêutica, o atual governo retomou para as mãos do Estado a responsabilidade pela reconstrução do ensino técnico, enxergando nele um pilar importante para o desenvolvimento do país. Essa iniciativa rendeu ao Brasil chegar hoje a 214 escolas espalhadas por todos os cantos do território, devendo esse número crescer significativamente até o fim no ano.

Um outro ponto importante a ser abordado sobre o ensino médio é a situação do magistério. O salário do professor deve conferir a ele o valor que a sociedade lhe dá. Não será possível reformular o ensino médio sem atrair para ele os melhores profissionais – e não iremos atrair os melhores profissionais sem bons salários. E foi para dar resposta a esse problema que tivemos um avanço no último período com a criação do Piso Nacional Salarial do professor, que ainda não foi implementado e sofre uma forte resistência principalmente de governadores ligados ao PSDB.

Aqui pode estar um dos caminhos a seguir na perspectiva de encontrar mais harmonia na relação entre educação e trabalho. Essa fase de transição entre a saída da escola e a entrada no mercado de trabalho são dois dos processos fundamentais para a própria caracterização da juventude. Devem, portanto, andar lado a lado. Dessa forma, o candidato que pensar diferente disso estará em descompasso com os anseios e necessidades da juventude.

Um país que busca a consolidação de um novo projeto nacional de desenvolvimento deve enfrentar esse debate buscando desfazer essa aparente dicotomia. Devemos, sim, combinar os dois enfoques: incorporar os jovens ao mercado de trabalho ao passo em que os mesmos dão continuidade aos estudos.

*Marcelo Gavião é presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS)





segunda-feira, 26 de abril de 2010

58º CONEG da UNE

Entre os dias 22 a 25 de Abril de 2010, estudantes de todo o país se reuniram na Fundação Rio de Janeiro, tiveram várias mesas de debates, tais foram:

– Por uma nova lei do petróleo no Brasil: 50% do fundo social do pré-sal para a educação

– Financiamento e expansão da rede pública de ensino superior
– A Universidade estratégica e a integração regional
- Extensão, mobilidade acadêmica, interdisciplinaridade e inovações curriculares
– Gestão democrática e participação
– Democratização do acesso, assistência estudantil, ações afirmativas e cotas raciais
– Mais mulheres na política e mais políticas para mulheres
– Por uma política democrática de comunicação para o Brasil
– Regulamentação do ensino privado
– Política cultural para um projeto de país
– Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil soberano
– Avanços para o sistema único de saúde
– A década do esporte: o legado dos macro eventos esportivos no Brasil / Conferência Livre a CNE
– Sustentabilidade ambiental e gestão de recursos Naturais no Brasil
– Um projeto nacional de desenvolvimento popular, democrático e soberano para o Brasil
– Reforma política, democracia e protagonismo popular
– Reforma agrária e reforma urbana
– Política de segurança pública
– Juventude, educação e trabalho


Ainda no dia 24/04 todos os participantes contaram com um grande show de Marcelo D2 nos arcos da Lapa.

sábado, 24 de abril de 2010

Conferência Livre dos Esportes - Novo Local e Nova Data

A Conferência Livre dos Esportes, que seria realizada no dia 26 de Abril de 2010, no auditório do bloco H12 - sala 15 as 13:30 foi adiada.
Ainda não temos a previsão de data, esperamos resposta do Diretório Central dos Estudantes - Gestão Chapa Quente o Bonde do Amor - DCE/UEM

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Operação caça - fantasmas

Quem aderiu a operação Caça-fantasmas foram os estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina) onde, na última quarta-feira (21/04/2010) fizeram uma manifestação juntamente com a UPE (União Paranaense dos Estudantes) e tiveram como objetivo cobrar o afastamento do presidente da Assembléia Legislativa Nelson Justus (PMDB) e também de outros integrantes da mesa-diretora.

A manifestação ocorreu na PR-445 que passa em frente a UEL. Por diversas vezes os estudantes bloquearam essa rodovia com faixas e cartazes chamando a atenção dos motoristas e dos que por lá passavam, porém a manifestação foi completamente pacífica. Os estudantes lutando por seus direitos.

Parabens acadêmicos da UEL, e a todos que estão ao lado da UPE na operação caça - fantasmas.

Materiais do 15º congresso da UJS

Aqui vão as teses, jornais, panfletos, adesivos e outros materiais a respeito do 15º congresso da UJS que ocorrerá em Junho deste ano.

Tese completa do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Revista colorida da tese do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Jornal AX4 colorido do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Adesivos do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Cartaz da UJS da Campanha "Se Liga, 16"

Panfleto - Ficha de Filiação da UJS da Campanha "Se Liga, 16"

Folder do 15º Congresso da União da Juventude Socialista (externo)

Folder do 15º Congresso da União da Juventude Socialista (interno)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

UJS embarca na campanha de transferência de títulos eleitorais na cidade de Maringá


A União da Juventude Socialista de Maringá vem neste mês de Abril participar da campanha de transferência de títulos eleitorais na Universidade Estadual de Maringá, e começa essa discussão relembrando os vários acontecimentos ao qual valorizam a importância de tal campanha.

Quem tem memória que se lembre, das diversas vezes em que estudantes tiveram suas casas invadidas pelo policiamento desta cidade assim como, das diversas agressões acontecidas nos dias de vestibulares na Zona 7, onde sem estrutura para a juventude se reunir, os mesmos, exercendo o seus direitos de ir e vir, ocupavam as ruas deste bairro, além das ruas, os mercados, as lanchonetes, os restaurantes, hotéis e fortalecendo assim a economia maringaense, vale lembrar das palavras da administração da cidade, dizendo que os estudantes que vem de fora tem que entender que a mesma tem dono e que esses baderneiros tem que entender que aqui tem quem manda.

Vale lembrar do discurso da mesma administração que diz que na Universidade Estadual de Maringá só tem maconheiro e também do plano diretor que favorece a especulação imobiliária e tira a juventude dos arredores das universidades ao qual disponibilizam várias horas por dia, construindo a MELHOR UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARANÁ.

E como se não bastasse, também temos que nos recordar das ruas vazias nos dias de vestibulares devido a Lei Seca que reprimem os de transitar com qualquer tipo de bebida alcoólica, mesmo que seja uma lata de cerveja. Podemos lembrar também da quebra da autonomia universitária, pois não bastando a perseguição aos estudantes pelas ruas de Maringá a mesma acontece dentro dos campus e não é de se admirar se daqui a algum tempo comecem a nos perseguir até mesmo dentro das salas de aulas.

É necessário dar um basta e colocar a administração que reprime frente a frente conosco e fazer entender que a lei seca, não diminui o problema, mas o transfere, portanto essa não é a solução para a aglomeração de pessoas que aconteciam nos vestibulares da UEM e que proibir a venda de bebidas alcoólicas aos arredores da universidade não muda nada, pois se não podemos consumir a 50 mts, consumiremos a 150mts, ou seja, que a solução não é reprimir maiores de idade nos seus direitos, mas de conscientizar através de projetos, de buscar solução através de centros culturais onde a juventude possa se reunir.

Portanto, vamos todos juntos abraçar a luta pela transferência de títulos e mostrar a força que juventude maringaense tem frente às decisões políticas da cidade e fazer entender que os mesmos que constroem a melhor universidade do estado do Paraná conhecem os seus direitos e não serão omissos quanto as injustiças cometidas aos mesmos, temos força pra lutar, temos voz pra gritar e agora teremos também o direito de decidir os rumos ao qual a cidade maringaense está caminhando.

Até o dia 05 de Maio é o prazo para a transferência de títulos e nos foi passado que dentro do campus da UEM, o Diretório Central dos Estudantes, estará disponibilizando espaço e local para facilitar a vida do estudante, e a mesma poderá ser feita na saída do restaurante universitário.

terça-feira, 20 de abril de 2010

CEEG da UPE


O CEEG (Conselho Estadual de Entidades Gerais) da UPE (União Paranense dos Estudantes) ocorrerá amanhã 21/04/2010 em Londrina- PR.
O CEEG é um fórum deliberativo da UPE, que reunirá todos os DCE's do estado, para a aprovação da plataforma eleitoral e o projeto de país dos estudantes brasileiros.
O CEEG também estará aberto para a participação de observadores e convidados, com direito a voz, porém devem estar devidamente credenciados, de acordo com a Ata Oficial da UNE.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

UJS A FAVOR DA PARIDADE NAS ELEIÇÕES PARA REITOR

Em 27 de agosto de 1986 acontece na Universidade Estadual de Mairngá - UEM - a primeira eleição direta e paritária para Reitor e depois de quase 20 anos da primeira eleição e próximo de completar 5 anos do fim da paridade, decidida pelo Conselho Universitário - COU - surge agora a oportunidade de lançarmos uma campanha que amplie o debate e crie alicerces sólidos para a pauta da paridade em todas as categorias que compõem a universidade. Está é a grande oportunidade para que os estudantes, funcionários e professores defendam a proposta da democracia dentro da universidade.
Nós da União da Juventude Socialista somos a favor da construção de palestras para discutirmos a paridade dentro da Universidade, resaltando que há a necessidade de uma grande mobilização e que esses debates sejam a favor de construção de propostas e não para richas ideologicas como aconteceu na palestra sobre paridade no ano passado, quando o Diretório Central dos Estudantes - Gestão Chapa Quente o Bonde do Amor, trouxe para discutir tal questão, a ex - presidente da União Nacional dos Estudantes - Lucia Stumpf, que foi bombardeada de questionamentos sobre pautas que não faziam parte do encontro, como por exemplo, a reforma universitária.
Houve um grande desgaste e a perca do foco em uma reunião totalmente esvaziada e estava presente apenas os militantes das diversas forças dos movimentos estudantis presentes na UEM, portanto, apoiamos um novo debate e que possamos juntos sem perder o foco abraçar essa causa e exigir a paridade nas eleições para Reitor e que os professores, funcionários e estudantes tenham os mesmos direitos ao decidir quem estará a frente da universidade, desde que todos são responsáveis pela construção diária da melhor universidade do Estado do Paraná em ensino, pesquisa e extensão.

I CONFERÊNCIA LIVRE DE ESPORTES

Nesta próxima segunda - feira, mais especificamente dia 26 de Abril de 2010, acontece na Universidade Estadual de Maringá, no auditório do DACESE a I Conferência Livre de Esportes que tem o intuito de levantar propostas para a III Conferência Estadual de Esportes que acontecerá nos dias 04 e 05 de Maio em Curitiba, e vale lembrar que a realização será através do Diretório Central dos Estudantes - DCE/UEM - GESTÃO CHAPA QUENTE O BONDE DO AMOR.
A União da Juventude Socialista - UJS - estará presente na construção dessas propostas, desde que acreditamos que a pratica de esportes é importante para o desenvolvimento social do homem, uma vez que a tecnologia da atualidade, tem deixado a desejar a relações pessoais isolando - as cada vez mais em seu universo individual e além do mais, além de agregar os homens em um universo comum, dentro da pratica de esportes, desenvolvendo a inclusão, também é importante ressaltar a importancia de tais atividades para a saúde do homem, aumentando suas capacidades motoras, pulmonares, diminuição de estresse e prevenção ao uso de substâncias como cigarro e bebidas e distanciando os jovens do consumo de drogas e muito mais.
Portanto, nós da União da Juventude Socialista - UJS, apoia a construção da I Conferência Livre de Esportes, que vem de acordo com a proposta de construção de conferências livres da União Nacional dos Estudantes - UNE e que é incentivada pela União Paranaense dos Estudantes - UPE, e esta, irá ajudar na construção trazendo para participar da conferências nomes como:
Ricardo Gomyde - Politico Brasileiro, filiado ao Partido Comunista do Brasil, foi deputado federal do Paraná e secretário estadual de esportes do mesmo estado e hoje é candidato a prefeitura da cidade de Curitiba.
Joel Benin - cogitado para assumir a secretária de esportes de Curitiba e responsável pela organização da conferência estadual de esportes do Paraná.
Além dessas figuras importantes para a construção de propostas para o esporte no estado do paraná, também estará presente representantes da UPE assim como, as Atleticas da Universidade Estadual de Maringá, assim como alunos do curso de educação fisica da mesma instituição e comunidade externa, como movimentos sociais e estudantes de cursos ligados a area dos esportes de outras universidades, de acordo com as normas da I Conferência Livre de Esportes, além dos nomes citados anteriormente, todos são bem vindos nessa construção, inclusive a União da Juventude Socialista - UJS, que vem com vontade de participação para a construção das propostas para a III Conferência Estadual de Esportes.

Para maiores informações entre em contato com:

Vânia - vania_canto@hotmail.com
Jian Carlo - jianbelezinha@hotmail.com
Gregory - gregoric91@hotmail.com
Renata - rezinhajood@hotmail.com
Pamela - star_pammy@hotmail.com

domingo, 18 de abril de 2010

No ano de 1985, no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, acontece o primeiro Congresso Nacional da UJS – União da Juventude Socialista e delegações de todos os estados chegavam, trazendo animação e vontade de participar e nesse primeiro congresso, através de muito debate, shows teatrais e confraternizações é aprovada a primeira campanha nacional por emprego, esporte e cultura.

A partir de então, a UJS – está presente em todas as áreas sociais do país, estimulando a participação e fomentando discussões em prol da construção de uma sociedade mais justa e humana, a sociedade socialista.

No movimento estudantil, que é onde o núcleo da UJS/UEM atua, tem como bandeira de luta o acesso à universidade pública de qualidade e pautando no PNAES, plano nacional de assistência estudantil que exigimos a construção imediata da casa do estudante e a ampliação do restaurante universitário no campus sede, a construção de restaurante universitário para as extensões e além dessas pautas, dentro do movimento estudantil, a UJS abarca lutas pelo Passe do Estudante, que dê garantia de transporte para os alunos e a Meia - Entrada, incentivando assim o acesso a cultura.

O movimento estudantil visa à reforma do ensino, pautando sempre, na possibilidade de colocar cada vez mais jovens dentro das salas de aulas, desde que, o acesso e a permanência têm sido privilegio de apenas uma minoria de 5%, e o restante dessa juventude, encontra – se no mercado de trabalho.

Portanto, convidamos a todos e todas os estudantes da Universidade Estadual de Maringá, a primeira do Paraná em ensino, pesquisa e extensão, a vir construir conosco a universidade que queremos e que a mesma não seja direcionada apenas ao trabalho mas também a pratica social, como diz a lei de diretrizes e bases da educação nacional.

A construção tem que ser coletiva, portanto, vem pra União da Juventude Socialista, por que juntos, somos muito mais fortes do que a injustiça social.

Vânia Carla do Canto

Presidente Núcleo UJS/UEM

2010 - 2011

História da UJS

1984, Brasília, ainda era tempo da ditadura das fardas militares, pelo país, a campanha pelas "Diretas Já" mobilizava milhões de pessoas, fazendo soprar os ventos da redemocratização.

Na Assembléia Legislativa de São Paulo, centenas de jovens do país inteiro se encontraram no Dia da Juventude, 22 de setembro. O manifesto lido na tribuna, anunciava: "Somos jovens, operários, camponeses, estudantes, artistas, intelectuais, buscamos o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida, a vontade subjugada...".

Aqui começa a história da União da Juventude Socialista.

1985, foi no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, que aconteceu o 1º Congresso Nacional da UJS. Delegações de todos os estados chegaram trazendo animação e vontade de participar.

O congresso superou as expectativas, rolaram debates, shows, teatros e muita confraternização.

No final, foi aprovada a campanha nacional por "emprego, esporte e cultura".

1986, a cidade de Vitória, no Espírito Santo, sediou o II Congresso Nacional da UJS. Entre as atividades esportivas e debates, os participantes trocavam experiências sobre a UJS.

O Congresso foi marcado pelo debate sobre a eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, convocada para aquele ano.

Emprego, serviço militar e direito de voto aos 16 anos estavam presentes em quase todos os discursos.

O congresso registrou um grande crescimento da participação dos estudantes, principalmente secundaristas.

1987, o país começava a ser repensado pela Assembléia Nacional Constituinte. Aracaju recebeu centenas de jovens do país inteiro, que foram participar do III Congresso Nacional da UJS.

Na pauta, a necessidade de superar a discussão gerada pelas eleições do ano anterior e retomar a iniciativa política.

Nos intervalos, música e poesia tomavam os corredores da Universidade Federal, onde acontecia o congresso. As resoluções definem o desafio: elaborar um programa da juventude para trabalhar e reorganizar as direções estaduais e núcleos.

São dados os primeiros passos para aquela que seria a maior campanha da entidade: a conquista do voto aos 16 anos.

1988, o IV Congresso Nacional ocorre em Petropólis, contando com cerca de 1500 jovens. Fortalecida pela aprovação do voto aos 16 anos, a UJS realiza um grande ato político e o congresso pulsa crescimento. A programação é a combinação de debates político, painéis temáticos, atividades culturais e muita animação. Nas resoluções, o desafio de aprovar de maneira definitiva o voto aos 16 anos e de participar da campanha das diretas em 1988. O encerramento do congresso foi um show em praça pública. Durante todo o primeiro semestre a entidade se mobilizou pêlos estados e em Brasília. O bloco conservador, denominado "centrão", é contra o voto aos 16, apesar disso, o direito é aprovado no primeiro turno. A votação definitiva foi no dia 17 de agosto.

1989, logo no início do ano, a UJS lança um documento chamado "Quem é o inimigo, quem é você", defendendo a unidade dos partidos e juventudes de esquerda em torno de uma candidatura a presidência da república. Divulgado amplamente, o documento foi bem acolhido pelas organizações políticas mais avançadas. Ao lado desta movimentação, a UJS dá continuidade a campanha "voto aos 16", convocando os jovens para tirarem seus títulos eleitorais e a participarem da eleição para presidente da república. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral e com tribunais regionais, a UJS procura facilitar a tirada do título. Em vários estados, ocorrem os arrastões em escolas e bairros para levar a juventude até os locais autorizados. Noutros em que os tribunais se mostraram mais acessíveis, funcionários credenciados acompanhavam o movimento da UJS e recebiam a solicitação do título na própria escola. A UJS chamava os jovens para se transformarem em eleitores e para votarem na oposição, buscando aprofundar a democracia e ampliar os direitos sociais.

1990, mais consciente das dificuldades políticas, a Coordenação Nacional da UJS busca redimensionar suas atividades, procurando aglutinar os militantes e enfrentar o debate de idéias. Em março, a UJS de São Paulo realiza o festival da Juventude, com atividades esportivas, cultural e de lazer. Além do político local, vários estados participaram, remando contra a maré neoliberal "collorida", a UJS realiza a campanha CURUPIRAS em defesa dos povos e da floresta amazônica. Cartazes, adesivos e um manifesto eram instrumentos do movimento. A UJS realiza em Belém, o encontro latino-americano em defesa dos povos e da floresta amazônica, que contou com cerca de 180 participantes e com presença de entidades e personalidades ligadas ao tema. A UJS faz parte da executiva do fórum brasileiro de ONG`s preparatório para ECO 92, na qual ela é representante da juventude.

1992, a ECO 92, realizou vários eventos promovidos pela ONU, e se torna referência brasileira no movimento ambientalista. O evento paralelo corre sob coordenação da UJS, entidades do mundo inteiro participavam da atividade, que questiona o encontro oficial. Na manifestação realizada contra os chefes de estado, a UJS é presença destacada.

1993, apesar do crescimento da força da juventude, a ação própria da UJS enfrenta alguns problemas. Foi um período de dificuldades políticas e materiais, mesmo assim a UJS participa do plebiscito nacional defendendo o parlamentarismo, organizou a greve nacional pelo primeiro emprego para a juventude, atuou contra a tentativa de aprovação da imputabilidade criminal para jovens de 16 anos.

1994, a UJS realiza seu VII Congresso Nacional, no mês de abril, em Salvador. Nele é debatida a atualização do manifesto da entidade. O texto aprovado como base é o "Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". É debatida uma plataforma para as eleições presidenciais e a defesa de uma frente popular, contra a candidatura de FHC. Da plataforma juvenil, contam a questão da violência, educação, trabalho, cultura, esporte, lazer, ecologia, drogas, mulher, saúde, participação política e serviço militar opcional.

1995, no mês de fevereiro, em Maceió, a UJS realiza o "Seminário Nacional – Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". Ali é aprovado o manifesto da UJS.

1996, o VIII Congresso é um marco na história da UJS, todos os militantes voltaram suas energias para o congresso. Com tema "Emprego para juventude". A abertura já havia demonstrado o respeito e o que a entidade desfruta no meio da juventude e dos setores políticos. O texto de apresentação da uma nova fase afirma: "A UJS entra numa nova fase a partir desse VIII Congresso Nacional. Depois do lançamento em 1984, a nossa entidade se desenvolveu bastante, participou de várias lutas, realizou campanhas e várias atividades."

1997, A UJS define 1997 como o "Ano Che Guevara", em função dos anos 30, da queda em combate do líder guerrilheiro. Por ser identificado com a rebeldia e com luta pelo Socialismo, Che, no Brasil e na América Latina, é um grande exemplo para a juventude. E foi nesse sentido que a UJS procurou resgatar sua história. A campanha contagia a UJS no país, cartazes, adesivos, bandeiras e camisetas são produzidos e alguns debates sobre o "Ano Che". A UJS ocupou um espaço tão importante nas homenagens, que na matéria espacial que o programa Fantástico da Rede Globo produziu, os militantes da entidade foram convidados para falar. A UJS atuou com destaque no comitê contra a reeleição de FHC e nas mobilizações contra a privatização das estatais, como a Companhia vale do Rio Doce. A entidade se ocupa também com os preparativos para o XIV Festival Mundial de Juventude, no mês de Julho, em Cuba. A delegação brasileira com cerca de 400 jovens. Mais de 130 eram da União da Juventude Socialista. No evento estão presentes dezenas de países e a presença da UJS é marcante em todos os debates, nas atividades culturais e nos contatos com outras organizações. Durante o festival, a direção nacional é convidada pela União dos Jovens Comunistas de Cuba, para uma reunião de amizade.

1998, precedido de assembléias estaduais de núcleos, no mês de abril acontece o IX Congresso Nacional, no Tuca, em São Paulo. Os delegados presentes aprovam o novo manifesto da UJS "Socialismo com a nossa cara". A resolução sobre eleições afirma: "não aceitamos a negação dos nossos direitos, a perda da Soberania Nacional e os ataques à democracia que representa o governo FHC. Por isso, a UJS deve participar ativamente das elisões combatendo a candidatura de FHC e seus aliados". Consta no documento também, uma plataforma juvenil, na qual se destaca a questão do emprego para a juventude, e tem propostas para a educação, ciência e tecnologia; cultura, esporte, lazer, terra, saúde, meio ambiente, cidadania, violência, drogas e crianças e adolescentes. Durante a batalha eleitoral realizou-se a primeira fase da campanha "Sem emprego não dá". Tivemos presença destacada nas atividades eleitorais em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em outros estados. A UJS promove em conjunto com a UNEGRO e o Movimento Negro Unificado, o II encontro da Juventude Negra e Favelada, em BH. Ampliou seu contato com jovens da periferia e começou a participar do movimento HIP-HOP. Promoveu em conjunto com a CSC, o Encontro dos Jovens trabalhadores Socialistas.

1999, a UJS se filia e é eleita para o Conselho Geral da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD). Além disso, participou das atividades em Portugal, no Chile e em Cuba. Com a bandeira do "Fora FHC" a UJS lança junto com Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania, um abaixo-assinado pedindo a CPI para o presidente no caso Telebrás. Desde o início e uma das organizações da "marcha dos 100 mil"> Dela participou com destaque. A UJS chega aos seus 15 anos, tendo coordenações em 17 estados, sendo a força mais influente na UNE, na UBES, na ANPG e atuando no Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania. Conhecida e reconhecida pela juventude e pêlos movimentos sociais como organização da luta pelos direitos juvenis, pela democracia e pelo socialismo. A UJS é a única organização política e ideológica juvenil com 15 anos de existência no país. Desde que surgiu é personagem principal na história de luta da nossa juventude. Mesmo com toda a onda do "pensamento único" neoliberal e dos ataques ao Socialismo, ela mobiliza milhares de jovens contra o capitalismo e em torno da idéia de um socialismo com a cara da juventude e do Brasil. Socialismo que nascerá da luta unitária do povo e que inaugurará a república dos trabalhadores. Com 15 anos de idade, a UJS acumula o melhor da experiência da juventude brasileira, sua garra e disposição de luta.

É tanta história feita, e tanta coisa ainda por fazer. Desafios não faltam, agora, o governo Fernando Henrique Cardoso cai na desmoralização e a juventude ocupa a linha de frente do movimento que quer "Fora FHC" e um novo rumo para o país. Outros desafios, outras pessoas, mas a mesma certeza que motivou os mais de 600 jovens que fundaram a UJS em 1984, como dizia o primeiro manifesto: "não temos futuro no mundo capitalista, mesmo porque o capitalismo não tem futuro no mundo...". O manifesto atual completa: "... aqui, na UJS, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdes, amarelas e nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e justa.

Nos 15 anos da UJS, viva a Juventude Socialista tem mais, a UJS tem atividades em torno da luta da mulher jovem, do movimento negro, dos jovens desempregados do movimento comunitário, participa de várias torcidas organizadas e de tantas outras áreas e movimentos que a juventude se faz presente.

FONTE: http://www.ujsetfse.hpg.com.br/historia.htm

Invasão do Casarão da UPE (União Paranaense dos estudantes)



Na madrugada do último sábado (17/04) o casarão que é sede da UPE foi depredado, quebraram portas e janelas de vidro, portas e móveis, o prejuizo é estimado em mais de 5 mil reais. Os diretores acreditam que o atentado pode ter sido causado por conta das manifestações "Caça Fantasmas" que pede o afastamento de Nelson Justos (PMDB) da Assembleia Legislativa do Estado.
O atentado prejudicou as aulas de cursinho gratuitas que eram oferecidas no local.




sexta-feira, 16 de abril de 2010

Consideramos Justa Toda Forma de Amor...


CIDADE DE MARINGÁ APROVA DIA MUNICIPAL DE COMBATE A HOMOFOBIA


Vereadores da paranaense Maringá aprovam projeto de lei que cria dia contra a homofobia

Na terça - feira do dia 06 de Abril de 2010, a câmara municipal de vereadores de Maringá aprovou o projeto de lei de autoria do Vereador Manoel Sobrinho (PCdoB), o dia municipal de combate a homofobia, que ficou instituido para o dia 17 de Maio. Todos os vereadores votaram a favor do projeto com exceção da Vereadora Marly Martins (DEM), que se justificou, com sua posição cristã.

O projeto de lei segue agora para sanção do prefeito maringaense, Silvio Barros (PP), e prevê ainda que o poder público realize eventos e campanhas de conscientização contra o preconceito dirigido a LGBT





Palestra: "Redução de Danos e as Leis sobre Drogas"

Não devemos somente participar da palestra, mas também aderir a luta contra a criminalização ao consumo de drogas, por que já passou da hora de tratarmos o caso como questão de saúde pública, exigindo mais projetos de conscientização e prevenção assim como, projetos de recuperação do usuário.



Palestra: "Redução de Danos e as Leis sobre Drogas"
Palestrantes: Promotor de Justiça Dr. Robertson Azevedo (Curitiba-Pr) e outros convidados
Local: Auditório da Biblioteca Municipal
End. Av. XV de Novembro 514 - Centro - Próx. a Prefeitura
Dia: 19/04/10
Horário: 13:30 às 17:00
Promoção: Conselho Tutelar - Zona Norte

Participem!

Estudantes Promovem Protesto Contra a Corrupção na Assembléia




Um grupo de cerca de 600 pessoas, entre estudantes, sindicalistas e sem-terras, invadiu o pátio da Assembleia Legislativa, em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (14). Desde as 9h30, os manifestantes vinham fazendo uma passeata no Centro da capital, exigindo o afastamento de Nelson Justus (DEM) da presidência da Assembleia, por conta das denúncias apresentadas na série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo e RPC-TV. Pouco depois das 11 horas, ao encontrar o portão da Casa de Lei trancado, eles forçaram a entrada e invadiram o local. Segundo o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Mario de Andrade, não houve confronto com os policiais nem com os seguranças da casa.
Os manifestantes permaneceram no prédio até cerca de 11h45, depois de protocolar uma carta na qual exigem o ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro pago aos “fantasmas” e pedem, além da saída de Justus, o afastamento de toda a mesa-diretora da Assembleia. A intenção do grupo era entregar o documento diretamente ao presidente da Casa, mas eles não foram recebidos por Justus. Segundo Andrade, a ocupação foi pacífica e não houve danificação ao patrimônio. Na avaliação do presidente da Upes, o ato foi um “tempero” para cobrar o afastamento da direção da casa.

Marcelo Elias/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Carta Aberta de Brizola Neto à José Serra: O Brasil não pode mais...

Discurso de José Serra: "Brasil pode mais"

"... Democracia e Estado de Direito são valores universais, permanentes, insubstituíveis e inegociáveis. Mas não são únicos. Honestidade, verdade, caráter, honra, coragem, coerência, brio profissional, perseverança são essenciais ao exercício da política e do Poder. É nisso que eu acredito e é assim que eu ajo e continuarei agindo. Este é o momento de falar claro, para que ninguém se engane sobre as minhas crenças e valores. É com base neles que também reafirmo: o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais".

Venho hoje, aqui, falar do meu amor pelo Brasil; falar da minha vida; falar da minha experiência; falar da minha fé; falar das minhas esperanças no Brasil. E mostrar minha disposição de assumir esta caminhada. Uma caminhada que vai ser longa e difícil mas que com a ajuda de Deus e com a força do povo brasileiro será com certeza vitoriosa.

Alguns dias atrás, terminei meu discurso de despedida do Governo de São Paulo afirmando minha convicção de que o Brasil pode mais. Quatro palavras, em meio a muitas outras. Mas que ganharam destaque porque traduzem de maneira simples e direta o sentimento de milhões de brasileiros: o de que o Brasil, de fato, pode mais. E é isto que está em jogo nesta hora crucial!

Nos últimos 25 anos, o povo brasileiro alcançou muitas conquistas: retomamos a Democracia, arrancamos nas ruas o direito de votar para presidente, vivemos hoje num país sem censura e com uma imprensa livre. Somos um Estado de Direito Democrático. Fizemos uma nova Constituição, escrita por representantes do povo.

Com o Plano Real, o Brasil transformou sua economia a favor do povo, controlou a inflação, melhorou a renda e a vida dos mais pobres, inaugurou uma nova Era no Brasil. Também conquistamos a responsabilidade fiscal dos governos. Criamos uma agricultura mais forte, uma indústria eficiente e um sistema financeiro sólido. Fizemos o Sistema Único de Saúde, conseguimos colocar as crianças na escola, diminuímos a miséria, ampliamos o consumo e o crédito, principalmente para os brasileiros mais pobres. Tudo isso em 25 anos. Não foram conquistas de um só homem ou de um só Governo, muito menos de um único partido. Todas são resultado de 25 anos de estabilidade democrática, luta e trabalho. E nós somos militantes dessa transformação, protagonistas mesmo, contribuímos para essa história de progresso e de avanços do nosso País. Nós podemos nos orgulhar disso.

Mas, se avançamos, também devemos admitir que ainda falta muito por fazer. E se considerarmos os avanços em outros países e o potencial do Brasil, uma conclusão é inevitável: o Brasil pode ser muito mais do que é hoje.

Mas para isso temos de enfrentar os problemas nacionais e resolvê-los, sem ceder à demagogia, às bravatas ou à politicagem. E esse é um bom momento para reafirmarmos nossos valores. Começando pelo apreço à Democracia Representativa, que foi fundamental para chegarmos aonde chegamos. Devemos respeitá-la, defendê-la, fortalecê-la. Jamais afrontá-la.

Democracia e Estado de Direito são valores universais, permanentes, insubstituíveis e inegociáveis. Mas não são únicos. Honestidade, verdade, caráter, honra, coragem, coerência, brio profissional, perseverança são essenciais ao exercício da política e do Poder. É nisso que eu acredito e é assim que eu ajo e continuarei agindo. Este é o momento de falar claro, para que ninguém se engane sobre as minhas crenças e valores. É com base neles que também reafirmo: o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais.

Governos, como as pessoas, têm que ter alma. E a alma que inspira nossas ações é a vontade de melhorar a vida das pessoas que dependem do estudo e do trabalho, da Saúde e da Segurança. Amparar os que estão desamparados.

Sabem quantas pessoas com alguma deficiência física existem no Brasil? Mais de 20 milhões - a esmagadora maioria sem o conforto da acessibilidade aos equipamentos públicos e a um tratamento de reabilitação. Os governos, como as pessoas, têm que ser solidários com todos e principalmente com aqueles que são mais vulneráveis.

Quem governa, deve acreditar no planejamento de suas ações. Cultivar a austeridade fiscal, que significa fazer melhor e mais com os mesmos recursos. Fazer mais do que repetir promessas. O governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e dos desamparados, das mulheres e das famílias, dos servidores públicos e dos profissionais de todas as áreas, dos jovens e dos idosos, dos pequenos e dos grandes empresários, do mercado financeiro, mas também do mercado dos que produzem alimentos, matérias-primas, produtos industriais e serviços essenciais, que são o fundamento do nosso desenvolvimento, a máquina de gerar empregos, consumo e riqueza.

O governo deve servir ao povo, não a partidos e a corporações que não representam o interesse público. Um governo deve sempre procurar unir a nação. De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres. Eu quero todos, lado a lado, na solidariedade necessária à construção de um país que seja realmente de todos.

Ninguém deve esperar que joguemos estados do Norte contra estados do Sul, cidades grandes contra cidades pequenas, o urbano contra o rural, a indústria contra os serviços, o comércio contra a agricultura, azuis contra vermelhos, amarelos contra verdes. Pode ser engraçado no futebol. Mas não é quando se fala de um País. E é deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil.

Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo. O Brasil tem grandes carências. Não pode perder energia com disputas entre brasileiros. Nunca será um país desenvolvido se não promover um equilíbrio maior entre suas regiões. Entre a nossa Amazônia, o Centro Oeste e o Sudeste. Entre o Sul e o Nordeste. Por isso, conclamo: Vamos juntos. O Brasil pode mais. O desenvolvimento é uma escolha. E faremos essa escolha. Estamos preparados para isso.

Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo. Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem comum.

Na Constituinte fiz a emenda que permitiu criar o FAT, financiar e fortalecer o BNDES e tirar do papel o seguro-desemprego - que hoje beneficia 10 milhões de trabalhadores. Todos os partidos e blocos a apoiaram. No ministério da Saúde do governo Fernando Henrique tomei a iniciativa de enviar ou refazer e impulsionar seis projetos de lei e uma emenda constitucional - a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros, a regulamentação dos planos de saúde, o combate à falsificação de remédios e a PEC 29, que vinculou recursos à Saúde nas três esferas da Federação - todos, sem exceção, aprovados pelos parlamentares do governo e da oposição. É assim que eu trabalho: somando e unindo, visando ao bem comum. Os membros do Congresso que estão me ouvindo, podem testemunhar: suas emendas ao orçamento da Saúde eram acolhidas pela qualidade, nunca devido à sua filiação partidária.

Se o povo assim decidir, vamos governar com todas e com todos, sem discriminar ninguém. Juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo em vez de indagar a filiação partidária.

Minha história de vida e minhas convicções pessoais sempre estiveram comprometidas com a unidade do país e com a unidade do seu povo. Sou filho de imigrantes, morei e cresci num bairro de trabalhadores que vinham de todas as partes, da Europa, do Nordeste, do Sul. Todos em busca de oportunidade e de esperança.

A liderança no movimento estudantil me fez conhecer e conviver com todo o Brasil logo ao final da minha adolescência. Aliás, na época, aprendi mesmo a fazer política no Rio, em Minas, na Bahia e em Pernambuco, aos 21 anos de idade. O longo exílio me levou sempre a enxergar e refletir sobre o nosso país como um todo.

Minha história pessoal está diretamente vinculada à valorização do trabalho, à valorização do esforço, à valorização da dedicação. Lembro-me do meu pai, um modesto comerciante de frutas no mercado municipal: doze horas de jornada de trabalho nos dias úteis, dez horas no sábado, cinco horas aos domingos. Só não trabalhava no dia 1 de janeiro. Férias? Um luxo, pois deixava de ganhar o dinheiro da nossa subsistência. Um homem austero, severo, digno. Seu exemplo me marcou na vida e na compreensão do que significa o amor familiar de um trabalhador: ele carregava caixas de frutas para que um dia eu pudesse carregar caixas de livros.

E eu me esforço para tornar digno o trabalho de todo homem e mulher, do ser humano como ele foi.

Porque vejo a imagem de meu pai em cada trabalhador. Eu a vi outro dia, na inauguração do Rodoanel, quando um dos operários fez questão de me mostrar com orgulho seu nome no mural que eu mandei fazer para exibir a identidade de todos os trabalhadores que fizeram aquela obra espetacular. Por que o mural? Por justo reconhecimento e porque eu sabia que despertaria neles o orgulho de quem sabe exercer a profissão. Um momento de revelação a si mesmos de que eles são os verdadeiros construtores nesta nação.

Eu vejo em cada criança na escola o menino que eu fui, cheio de esperanças, com o peito cheio de crença no futuro. Quando prefeito e quando governador, passei anos indo às escolas para dar aula (de verdade) à criançada da quarta série. Ia reencontrar-me comigo mesmo. Porque tudo o que eu sou aprendi em duas escolas: a escola pública e a escola da vida pública. Aliás, e isto é um perigo dizer, com frequência uso senhas de computador baseadas no nome de minhas professoras no curso primário. E toda vez que escrevo lembro da sua fisionomia, da sua voz, do seu esforço, e até das broncas, de um puxão de orelhas, quando eu fazia alguma bagunça.

Mas é por isso tudo que sempre lutei e luto tanto pela educação dos milhões de filhos do Brasil. No país com que sonho para os meus netos, o melhor caminho para o sucesso e a prosperidade será a matrícula numa boa escola, e não a carteirinha de um partido político. E estou convencido de uma coisa: bons prédios, serviços adequados de merenda, transporte escolar, atividades esportivas e culturais, tudo é muito importante e deve ser aperfeiçoado. Mas a condição fundamental é a melhora do aprendizado na sala de aula, propósito bem declarado pelo governo, mas que praticamente não saiu do papel. Serão necessários mais recursos. Mas pensemos no custo para o Brasil de não ter essa nova Educação em que o filho do pobre frequente uma escola tão boa quanto a do filho do rico. Esse é um compromisso.

É preciso prestar atenção num retrocesso grave dos últimos anos: a estagnação da escolaridade entre os adolescentes. Para essa faixa de idade, embora não exclusivamente para ela, vamos turbinar o ensino técnico e profissional, aquele que vira emprego. Emprego para a juventude, que é castigada pela falta de oportunidades de subir na vida. E vamos fazer de forma descentralizada, em parcerias com estados e municípios, o que garante uma vinculação entre as escolas técnicas e os mercados locais, onde os empregos são gerados. Ensino de qualidade e de custos moderados, que nos permitirá multiplicar por dois ou três o número de alunos no país inteiro, num período de governo. Sim, meus amigos e amigas, o Brasil pode mais.

Podemos e devemos fazer mais pela saúde do nosso povo. O SUS foi um filho da Constituinte que nós consolidamos no governo passado, fortalecendo a integração entre União, Estados e Municípios; carreando mais recursos para o setor; reduzindo custos de medicamentos; enfrentando com sucesso a barreira das patentes, no Brasil e na Organização Mundial do Comércio; ampliando o sistema de atenção básica e o Programa Saúde da Família em todo o Brasil; prestigiando o setor filantrópico sério, com quem fizemos grandes parcerias, dos hospitais até a prevenção e promoção da Saúde, como a Pastoral da Criança; fazendo a melhor campanha contra a AIDS do mundo em desenvolvimento; organizando os mutirões; fazendo mais vacinações; ampliando a assistência às pessoas com deficiência; cerceando o abuso do incentivo ao cigarro e ao tabaco em geral. E muitas outras coisas mais. De fato, e mais pelo que aconteceu na primeira metade do governo, a Saúde estagnou ou avançou pouco. Mas a Saúde pode avançar muito mais. E nós sabemos como fazer isso acontecer.

Saúde é vida, Segurança também. Por isso, o governo federal deve assumir mais responsabilidades face à gravidade da situação. E não tirar o corpo fora porque a Constituição atribui aos governos estaduais a competência principal nessa área. Tenho visto gente criticar o Estado Mínimo, o Estado Omisso. Concordo. Por isso mesmo, se tem área em que o Estado não tem o direito de ser mínimo, de se omitir, é a segurança pública. As bases do crime organizado estão no contrabando de armas e de drogas, cujo combate efetivo cabe às autoridades federais . Ou o governo federal assume de vez, na prática, a coordenação efetiva dos esforços nacionalmente, ou o Brasil não tem como ganhar a guerra contra o crime e proteger nossa juventude.

Qual pai ou mãe de família não se sente ameaçado pela violência, pelo tráfico e pela difusão do uso das drogas? As drogas são hoje uma praga nacional. E aqui também o Governo tem de investir em clínicas e programas de recuperação para quem precisa e não pode ser tolerante com traficantes da morte. Mais ainda se o narcotráfico se esconde atrás da ideologia ou da política. Os jovens são as grandes vítimas. Por isso mesmo, ações preventivas, educativas, repressivas e de assistência precisam ser combinadas com a expansão da qualificação profissional e a oferta de empregos.

Uma coisa que precisa acabar é a falsa oposição entre construir escolas e construir presídios. Muitas vezes, essa é a conversa de quem não faz nem uma coisa nem outra. É verdade que nossos jovens necessitam de boas escolas e de bons empregos, mas se o indivíduo comete um crime ele deve ser punido. Existem propostas de impor penas mais duras aos criminosos. Não sou contra, mas talvez mais importante do que isso seja a garantia da punição. O problema principal no Brasil não são as penas supostamente leves. É a quase certeza da impunidade. Um país só tem mais chance de conseguir a paz quando existe a garantia de que a atitude criminosa não vai ficar sem castigo.

Eu quero que meus netos cresçam num país em que as leis sejam aplicadas para todos. Se o trabalhador precisa cumprir a lei, o prefeito, o governador e o presidente da República também tem essa obrigação. Em nosso país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei, por mais poderoso que seja. Na Segurança e na Justiça, o Brasil também pode mais.

Lembro que os investimentos governamentais no Brasil, como proporção do PIB, ainda são dos mais baixos do mundo em desenvolvimento. Isso compromete ou encarece a produção, as exportações e o comércio. Há uma quase unanimidade a respeito das carências da infra-estrutura brasileira: no geral, as estradas não estão boas, faltam armazéns, os aeroportos vivem à beira do caos, os portos, por onde passam nossas exportações e importações, há muito deixaram de atender as necessidades. Tem gente que vê essas carências apenas como um desconforto, um incômodo. Mas essa é uma visão errada. O PIB brasileiro poderia crescer bem mais se a infra-estrutura fosse adequada, se funcionasse de acordo com o tamanho do nosso país, da população e da economia.

Um exemplo simples: hoje, custa mais caro transportar uma tonelada de soja do Mato Grosso ao porto de Paranaguá do que levar a mesma soja do porto brasileiro até a China. Um absurdo. A conseqüência é menos dinheiro no bolso do produtor, menos investimento e menos riqueza no interior do Brasil. E sobretudo menos empregos.

Temos inflação baixa, mais crédito e reservas elevadas, o que é bom, mas para que o crescimento seja sustentado nos próximos anos não podemos ter uma combinação perversa de falta de infra-estrutura, inadequações da política macroeconômica, aumento da rigidez fiscal e vertiginoso crescimento do déficit do balanço de pagamentos. Aliás, o valor de nossas exportações cresceu muito nesta década, devido à melhora dos preços e da demanda por nossas matérias primas. Mas vai ter de crescer mais. Temos de romper pontos de estrangulamento e atuar de forma mais agressiva na conquista de mercados. Vejam que dado impressionante: nos últimos anos, mais de 100 acordos de livre comércio foram assinados em todo o mundo. São um instrumento poderoso de abertura de mercados. Pois o Brasil, junto com o MERCOSUL, assinou apenas um novo acordo (com Israel), que ainda não entrou em vigência!

Da mesma forma, precisamos tratar com mais seriedade a preservação do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável. Repito aqui o que venho dizendo há anos: é possível, sim, fazer o país crescer e defender nosso meio ambiente, preservar as florestas, a qualidade do ar a contenção das emissões de gás carbônico. É dever urgente dar a todos os brasileiros saneamento básico, que também é meio ambiente. Água encanada de boa qualidade, esgoto coletado e tratado não são luxo. São essenciais. São Saúde. São cidadania. A economia verde é, ao contrário do que pensam alguns, uma possibilidade promissora para o Brasil. Temos muito por fazer e muito o que progredir, e vamos fazê-lo.

Também não são incompatíveis a proteção do meio ambiente e o dinamismo extraordinário de nossa agricultura, que tem sido a galinha de ovos de ouro do desenvolvimento do país, produzindo as alimentos para nosso povo, salvando nossas contas externas, contribuindo para segurar a inflação e ainda gerar energia! Estou convencido disso e vamos provar o acerto dessa convicção na prática de governo. Sabem por quê? Porque sabemos como fazer e porque o Brasil pode mais!

O Brasil está cada vez maior e mais forte. É uma voz ouvida com respeito e atenção. Vamos usar essa força para defender a autodeterminação dos povos e os direitos humanos, sem vacilações. Eu fui perseguido em dois golpes de estado, tive dois exílios simultâneos, do Brasil e do Chile. Sou sobrevivente do Estádio Nacional de Santiago, onde muitos morreram. Por algum motivo, Deus permitiu que eu saísse de lá com vida. Para mim, direitos humanos não são negociáveis. Não cultivemos ilusões: democracias não têm gente encarcerada ou condenada à forca por pensar diferente de quem está no governo. Democracias não têm operários morrendo por greve de fome quando discordam do regime.

Nossa presença no mundo exige que não descuidemos de nossas Forças Armadas e da defesa de nossas fronteiras. O mundo contemporâneo é desafiador. A existência de Forças Armadas treinadas, disciplinadas, respeitadoras da Constituição e das leis foi uma conquista da Nova República. Precisamos mantê-las bem equipadas, para que cumpram suas funções, na dissuasão de ameaças sem ter de recorrer diretamente ao uso da força e na contribuição ao desenvolvimento tecnológico do país.

Como falei no início, esta será uma caminhada longa e difícil. Mas manteremos nosso comportamento a favor do Brasil. Às provocações, vamos responder com serenidade; às falanges do ódio que insistem em dividir a nação vamos responder com nosso trabalho presente e nossa crença no futuro. Vamos responder sempre dizendo a verdade. Aliás, quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles.

O Brasil não tem dono. O Brasil pertence aos brasileiros que trabalham; aos brasileiros que estudam; aos brasileiros que querem subir na vida; aos brasileiros que acreditam no esforço; aos brasileiros que não se deixam corromper; aos brasileiros que não toleram os malfeitos; aos brasileiros que não dispõem de uma "boquinha"; aos brasileiros que exigem ética na vida pública porque são decentes; aos brasileiros que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.

Este é o povo que devemos mobilizar para a nossa luta; este é o povo que devemos convocar para a nossa caminhada; este é o povo que quer, porque assim deve ser, conservar as suas conquistas, mas que anseia mais. Porque o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais. E, por isso, tem de estar unido. O Brasil é um só.

Pretendo apresentar ao Brasil minha história e minhas idéias. Minha biografia. Minhas crenças e meus valores. Meu entusiasmo e minha confiança. Minha experiência e minha vontade.

Vou lhes contar uma coisa. Desde cedo, quando entrei na vida pública, descobri qual era a motivação maior, a mola propulsora da atividade política. Para mim, a motivação é o prazer. A vida pública não é sacrifício, como tantos a pintam, mas sim um trabalho prazeroso. Só que não é o mero prazer do desfrute. É o prazer da frutificação. Não é um sonho de consumo. É um sonho de produção e de criação. Aprendi desde cedo que servir é bom, nos faz felizes, porque nos dá o sentido maior de nossas existências, porque nos traz uma sensação de bem estar muito mais profunda do que quaisquer confortos ou vantagens propiciados pelas posições de Poder. Aprendi que nada se compara à sensação de construir algo de bom e duradouro para a sociedade em que vivemos, de descobrir soluções para os problemas reais das pessoas, de fazer acontecer.

O grande escritor mineiro Guimarães Rosa, escreveu: O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Concordo. É da coragem que a vida quer que nós precisamos agora.

Coragem para fazer um projeto de País, com sonhos, convicções e com o apoio da maioria.

Juntos, vamos construir o Brasil que queremos, mais justo e mais generoso. Eleição é uma escolha sobre o futuro. Olhando pra frente, sem picuinhas, sem mesquinharias, eu me coloco diante do Brasil, hoje, com minha biografia, minha história política e com . esperança no nosso futuro. E determinado a fazer a minha parte para construir um Brasil melhor. Quero ser o presidente da união. Vamos juntos, brasileiros e brasileiras, porque o Brasil pode mais.

Por: José Serra







Carta aberta de Brizola Neto a José Serra: o Brasil não pode mais


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Seg, 12/04/10 17h48

Li boa parte de seu discurso, senhor José Serra. Talvez eu seja hoje o que o senhor foi, na minha idade, quando era um jovem, que presidia a União Nacional dos Estudantes e apoiava o governo João Goulart no Comício da Central. Quando o senhor defendia o socialismo que hoje condena, o patriotismo que hoje trai, o desenvolvimento autônomo do Brasil do qual hoje o senhor debocha.

O senhor, como Fernando Henrique, é útil aos donos do Brasil — sim, Serra, o Brasil tem donos, porque 1% dos brasileiros mais ricos tem o mesmo que todos os 50% mais pobres — porque foi diferente no passado e, hoje, cobre-se do que foi para que não lhe vejam o que é.

O símbolo do Brasil que não pode mais, que não pode ser mais como o fizeram.

Não pode mais o Brasil ser das elites, porque nossas elites, salvo exceções, desprezam nosso povo, acham-no chinfrim, malandro, preguiçoso, sujo, desonesto, marginal. Têm nojo dele, fecham-lhe os vidros com película para nem serem vistos.

Não pode mais ser o país das elites, porque nossas elites, em geral, não hesitam em vender tudo o que este país possui — como o senhor, aliás, incentivou fazer — para que a “raça superior” venha aqui e explore nossas riquezas de maneira “eficiente” e “lucrativa”. Para eles, é claro, e para os que vivem de suas migalhas.

Não pode mais ser o Brasil dos governantes arrogantes, como o senhor, que falam de cima — quando falam — que empolam o discurso para que, numa língua sofisticada, que o povo não entende, negociem o que pertence a todos em benefício de alguns.

Não pode mais ser o país dos sábios que, de tão sabidos, fizeram ajoelhar este gigante perante o mundo e nos tornaram servos de uma ordem econômica e políticas injustas. O país dos governantes “cultos”, que sabem miar em francês e dizer “sim, senhor” em inglês.

Não pode mais ser o país do desenvolvimento a conta-gotas, do superávit acima de tudo, dos juros mais acima de tudo ainda, dos lucros acima do povo, do mercado acima da felicidade, do dinheiro acima do ser humano.

O Brasil pode hoje mais do que pôde no governo do que o senhor fez parte.

Pôde enfrentar a mais devastadora crise econômica mundial aumentando salário, renda, consumo, produção, emprego quando passamos décadas ouvindo, diante numa crise na Malásia ou na Tailândia que era preciso arrochar mais o povo.

Pôde falar de igual para igual no mundo, pôde retomar seu petróleo, pôde parar de demitir, pôde retomar investimentos públicos, pôde voltar a investir em moradia, em saneamento, em hidrelétricas, em portos, em ferrovias, em gasodutos. Pôde ampliar o acesso à educação, ainda que abaixo do que mereça o povo, pôde fazer imensas massas de excluídos ingressarem no mundo do consumo e terem direito a sonhar.

Pôde, sim, assumir o papel que cabe no mundo a um grande país, líder de seus irmãos latino-americanos.

O Brasil pôde ser, finalmente, o país em que seu povo não se sente um pária. Um país onde o progresso não é mais sinônimo de infelicidade.

É por isso, Serra, que o Brasil não pode mais andar para trás. Não pode voltar para as mãos de gente tão arrogante com seu povo e tão dócil aos graúdos. Não pode mais ser governado por gente fria, que não sente a dor alheia e não é ansiosa e aflita por mudar.

Não pode mais, Serra, não pode mais ser governado por gente que renegou seus anos mais generosos, mais valentes, mais decididos e que entregou seus sonhos ao pragmatismo, que disfarça de si mesmo sua capitulação ao inimigo em nome do discurso moderno, como se pudesse ser moderno aquilo que é apoiado pelo Brasil mais retrógrado, elitista, escravocrata, reacionário.

Há gente assim no apoio a Lula e a Dilma, por razões de conveniência-político eleitoral, sim. Mas há duzentas vezes mais a seu lado, sem qualquer razão senão a de ver que sua candidatura e sua eleição são a forma de barrar a ascensão da “ralé”. Onde houver um brasileiro empedernidamente reacionário, haverá um eleitor seu, José Serra.

Normalmente não falaria assim a um homem mais velho, não cometeria tal ousadia.

Mas sinto esta necessidade, além de mim, além de minha timidez natural, além de minha própria insuficiência. Sinto-me na obrigação de ser a voz do teu passado, José Serra. É um jovem que a Deus só pede que suas convicções não lhes caiam como o tempo faz cair aos cabelos, que suas causas não fraquejem como o tempo faz fraquejar o corpo, que seu amor ao povo brasileiro sobreviva como a paixão da vida inteira. Que o conhecimento, que o tempo há de trazer, não seja o capital de meu sucesso, mas ferramenta do futuro.

Vi um homem, já idoso, enfrentar derrotas eleitorais e morrer como um vitorioso, por jamais ter traído as ideias que defendeu. Erros, todo humano os comete. Traição, porém, é o assassinato de nós mesmos. Matamos quem fomos em troca de um novo papel.

Talvez venha daí sua dificuldade de dormir.

Na remota hipótese de vencer as eleições, José Serra, o senhor será o derrotado. O senhor é o algoz dos seus melhores sonhos.

Brizola Neto é deputado federal pelo PDT-RJ